Prestes a completar um mês de promanação, dois filhotes de sagui-da-serra-escuro (Callithrix aurita) são motivo de comemoração no Zoológico de São Paulo, já que a espécie está ameaçada de extinção. Filhos do parelha Rolo e Scarlet, que chegaram à instituição no ano pretérito, os filhotes são os primeiros a nascer no sítio e representam progresso significativo na conservação da fauna brasileira.
O parelha passou a integrar a extensão de visitação do Zoo neste ano e a rotina da família é acompanhada de perto pela equipe técnica. Os cuidados seguem as recomendações do programa de conservação, vinculado ao Projecto de Ação Pátrio para a Conservação dos Primatas da Mata Atlântica e da preguiça-de-coleira, coordenado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
“Não interferimos nos cuidados, a menos que seja necessário, e a Scarlet está se saindo uma ótima mãe. É o pai quem carrega os filhotes, enquanto a mãe cuida dos bebês no momento da amamentação. Estamos muito felizes com o desenvolvimento da família. É a primeira vez que mantemos essa espécie, e o promanação desses filhotes representa a consolidação do nosso trabalho pela conservação. É importante manter uma população de segurança que, no porvir, poderá contribuir com ações na natureza, se necessário”, afirmou o biólogo encarregado do setor de mamíferos, Luan Moraes.
Moraes explicou que esses primatas, popularmente conhecidos porquê sagui-caveirinha, são nativos de pequenas áreas da Mata Atlântica nos estados de São Paulo, Minas Gerais e do Rio de Janeiro. Eles desempenham papéis ecológicos cruciais, porquê a dissipação de sementes e o controle de insetos, sendo fundamentais para o estabilidade do ecossistema e a manutenção da biodiversidade. No entanto, sua sobrevivência está ameaçada por diversos fatores, porquê expansão urbana, incêndios florestais, desmatamento e competição com espécies invasoras. Atualmente, a espécie é classificada porquê “Em Risco” na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN).
Os saguis-da-serra-escuro Rolo e Scarlet não foram os primeiros primatas a se reproduzirem no Zoo de São Paulo. Antes deles, a extensão de Moraes já teve sucesso na reprodução de micos-leões, o que concretiza o sucesso do manejo dos técnicos e o sinal de que eles estão no caminho perceptível. Segundo ele, o desvelo correto com as espécies em extinção é extremamente importante porque permite que se crie uma população de backup, que é zero mais zero menos do que uma suplente de indivíduos que podem ser soltos na natureza, caso haja premência.
“Não só com os saguis, mas em toda espécie ameaçada é importante cuidar do que a gente labareda ex-situ, que significa, conservação fora do lugar de origem, do envolvente procedente, seja ele em zoológico ou por criadores, porque podemos promover uma população que chamamos de backup. Caso ocorra alguma extinção na natureza, temos esses indivíduos que podemos reintroduzir. Cá no zoológico temos essas populações e já houve solturas”, ressaltou.
O biólogo se refere à Arara-azul-de-lear, que já esteve em supino proporção de prenúncio de extinção e foi recuperada. Com essa espécie, o Zoo já trabalha há muitos anos fazendo manejo de conservação integrada com o Grupo de Pesquisa e Conservação da Arara-de-lear, que trabalha em campo, unindo as ações ex-situ e as ações in-situ. No Zoo é feito todo o processo de incubação de ovos, maximizando o número de filhotes das espécies ameaçadas.
“Nossa função cá com essas espécies ameaçadas é ter uma população de segurança. Nós nunca sabemos porquê e quando uma espécie estará no seu proporção de prenúncio. Hoje, posso ter uma espécie que não está ameaçada mas por conta de um sinistro procedente ou problemas porquê, por exemplo, a queimada do Pantanal, não sabemos se isso pode acarretar prenúncio de algumas espécies que lá habitam. Caso a extensão precise de revigoramento, conseguimos fornecer esses animais para soltura”, explicou a bióloga encarregado do setor de aves, Fernanda Vaz Guida.
Apesar de as espécies ameaçadas serem o foco desse trabalho, também há no Zoológico populações de segurança de espécies domésticas, porquê o Cisne Preto e espécies nativas brasileiras. Já há sucesso na reprodução da Jacutinga, uma espécie ameaçada de Mata Atlântica, com duas aves destinadas a um programa de soltura.
Esse manejo é feito também com os anfíbios, explica a bióloga encarregado do setor de herpetofauna, Cybele Sabino Lisboa. Ela cita o exemplo dos anfíbios, que são os animais vertebrados mais ameaçados do mundo, com 40% de todo o grupo classificada nesse ponto. Por isso, uma das recomendações é justamente aumentar a população de segurança. No Zoológico é feito o manejo das pererecas de Alcatraz, endêmica da ilhéu de mesmo nome e ameaçada no período em que foi iniciado o manejo. Apesar de recente, com os primeiros animais chegando à instituição em 2011, já há uma população de 100 indivíduos.
“Essa espécie foi o início dessa estratégia no Brasil. Na era em que começamos, a perereca de Alcatraz era criticamente ameaçada e, por desculpa de todos os esforços conjuntos, hoje em dia ela melhorou a categoria de prenúncio, passando a ser considerada vulnerável, e isso foi um grande lucro de um trabalho em conjunto e esforços principalmente para proteger a extensão que ela ocorre. E sabendo que existe uma população de segurança, isso também dá força para que a espécie melhores o status de prenúncio”, destacou Cybele.
O Zoológico de São Paulo está localizado em extensão de mais de 450 milénio metros quadrados de Mata Atlântica, abriga mais de 2.200 animais de 300 espécies, incluindo diversas nativas da região. A visitação está ensejo das 9h às 17h e a bilheteria até as 16h. O zoo fica na Avenida Miguel Estefno, 4.241, Chuva Fundíbulo. É verosímil comprar os ingressos no site da instituição.