Cobra solta pelos bombeiros que pode ser serpente exótica foi encontrada por
moradora que rezava no quintal de casa: ‘Muito medo’
Biólogos ressaltam que não é possível afirmar com certeza a espécie da serpente,
a não ser que haja uma análise em mãos. Animal foi solto na natureza pelo Corpo
de Bombeiros.
Serpente que pode ser de espécie exótica foi solta na natureza em Rio Verde
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A serpente que foi solta pelos bombeiros em uma mata
[DE.globo.com/go/goias/noticia/2025/01/03/bombeiros-soltam-cobra-em-mata-de-goias-e-especialistas-suspeitam-que-animal-seja-serpente-exotica-que-causa-desequilibrio-ambiental.ghtml]
de Rio Verde [DE.globo.com/go/goias/cidade/rio-verde/], no sudoeste
goiano, foi encontrada por uma moradora enquanto ela rezava no quintal de casa.
Enquanto o Corpo de Bombeiros identificou o animal como uma jiboia albina,
especialistas explicam que há a possibilidade que ela seja uma píton, uma
espécie exótica.
A médica veterinária Luana Borboleta ressaltou, no entanto, que não é possível
afirmar com certeza que essa serpente seja uma píton, a não ser que haja uma
análise em mãos. Também não há como afirmar se a espécie é ou não albina.
À TV Anhanguera, a moradora Mariluce Gonçalves contou que ficou com muito medo
ao ver a serpente. No entanto, explicou que ela estava esticada em uma árvore.
“Eu fiquei com muito medo. Ela estava esticadinha no galho da árvore. Eu pensei
que ela estivesse invernada, ou coisa assim, para fazer digestão, já que na
barriguinha dela tinha uma bolinha”, disse Mariluce à TV Anhanguera.
O Corpo de Bombeiros informou que o animal foi identificado como uma jiboia e
que, de acordo com o protocolo de atendimento, ele foi devolvido à natureza por
estar saudável. Os bombeiros disseram ainda que fotos e vídeos do animal foram
analisados por técnicos da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Rio Verde,
após a devolução dele à natureza.
Os técnicos da prefeitura também afirmara se tratar de uma jiboia, de acordo com
a corporação. O DE tentou contato com a secretaria por e-mail e telefone na
tarde de sexta-feira (3), mas não teve retorno até a última atualização desta
reportagem.
A Polícia Civil informou que não há registro de ocorrência de desaparecimento de
serpente doméstica em Rio Verde .
Após divulgação das imagens, especialistas suspeitaram da possibilidade dessa
serpente se tratar de uma píton.
> “No entanto, é impossível ter 100% de certeza porque não estamos com o bicho
> em mãos para que a possa analisar algumas características morfológicas dele”,
> considerou Alessandro Morais, biólogo especialista em répteis.
De acordo com Alessandro, se confirmada a presença da píton nas áreas do
cerrado, há a possibilidade de que o animal cause prejuízos ao ecossistema
local.
“Há relatos de desequilíbrios ambientais importantes causados pelas espécies
birmanesa e reticulada, que são de grandes dimensões”, explicou a médica
veterinária Luana Borboleta.
> “O protocolo seria não soltar na região, dado que isso poderia trazer
> prejuízos para espécies nativas, como a transmissão de doenças, a predação de
> espécies nativas, a competição e, consequentemente, causar um desequilíbrio”,
> considerou.
Sobre as pítons de forma geral, a médica veterinária Luana Borboleta explicou
ainda que existem várias espécies, com características e tamanhos diferenciados.
“[Elas] também possuem a característica de serem mais agressivas e são ótimas
predadoras. As pítons são ovíparas e geram um número de filhotes muito maior do
que a sucuri, que é a serpente de grande porte que temos no Cerrado”, completou
a médica veterinária.