Segurança de boate acusado de matar cliente com barra de ferro vai a júri popular, determina Justiça
Tribunal de Justiça acatou parecer do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO). Crime aconteceu em maio de 2024, após a vítima tentar entrar na boate sem documento de identidade.
Segurança de uma boate José Henrique Ribeiro da Cunha foi preso suspeito de matar Marcos Antônio Santos Xavier em Aparecida de Goiânia, Goiás — Foto: Divulgação/PC-GO
O segurança de boate José Henrique Ribeiro da Cunha, de 37 anos, acusado de matar o estudante Marcos Antônio Santos Xavier, de 22, com um golpe de barra de ferro na cabeça vai a júri popular, decidiu o juiz Jesseir Coelho de Alcântara. O crime aconteceu no Setor Garavelo, em Aparecida de Goiânia, e o estudante chegou a ficar 28 dias em coma, mas morreu devido à lesão, informou a Polícia Civil.
O DE tentou contato com a defesa do segurança por email e por mensagem de texto, mas não obteve resposta até a última atualização desta reportagem. Quando o segurança foi preso, em agosto de 2024, a defesa dele afirmou, em nota, que ele não quis matar Marcos Antônio e argumentou que, se ele quisesse, a vítima não teria sido levada ao hospital e que teria matado no local, sem chance de socorro (leia nota completa no fim da reportagem).
O crime aconteceu em 11 de maio de 2024. A decisão acolhe o parecer do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), por conta do acusado ter, supostamente, cometido o crime após a vítima ter se recusado a cumprir a ordem de sair do local em que estava em via pública, em frente ao estacionamento que fazia segurança.
O segurança é suspeito de matar Marcos Antônio Santos Xavier, de 22, com um golpe de barra de ferro na cabeça, na madrugada do dia 11 de maio de 2024, deixando o estudante 28 dias em coma e morrer devido à lesão. Conforme as investigações, o estudante teria tentado entrar na boate sem documento de identidade, mas foi barrado pelo segurança. Depois, a vítima teria ficado em frente à boate, em via pública, momento em que o segurança mandou que ele saísse de lá.
O estudante teria se recusado a sair, alegando que estava na rua. Segundo a investigação, isso teria deixado o segurança enfurecido com a desobediência e golpeou a vítima com uma barra de ferro na cabeça.
Ao DE, o delegado responsável pelo caso, Carlos Alfama, afirmou que vítima chegou a ser socorrida e levada ao hospital. “Foi necessária uma investigação para identificarmos quem era o segurança que tinha matado a vítima. Os vídeos já tinham se perdido pois foram sobrepostos por outras imagens. Foram ouvidas diversas testemunhas oculares do crime”, acrescentou o delegado.
Na época, o proprietário da boate informou, ao DE, que apenas soube da agressão e morte após ser intimado pela polícia. Também disse que o segurança trabalhava como freelancer no estabelecimento e que já não atuava mais no local depois do crime. Segundo o delegado, o suspeito foi investigado pelo homicídio qualificado pelo motivo fútil e pelo recurso que dificultou a defesa da vítima.