O Programa Imuniza Goiás, sistema desenvolvido pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO), já chegou a 236 municípios. A ferramenta foi criada em dezembro de 2022 para facilitar a identificação de crianças não vacinadas até 2 anos, possibilitando rápida intervenção dos profissionais de saúde e contribuindo para a melhora dos índices de imunização.
“Essa iniciativa potencializa o trabalho nos municípios ao identificar crianças não vacinadas com detalhes como número de telefone, nome da criança, nome da mãe e endereço, possibilitando uma abordagem direta e eficaz. Estamos empenhados em buscar mais crianças para serem vacinadas e, como resultado, conseguimos elevar significativamente as coberturas vacinais”, explica a gerente de Imunização da SES, Joice Dorneles.
A expectativa para 2024 é de ampliar ainda mais a abordagem na busca por crianças não vacinadas, estendendo o alcance a todas as faixas etárias. “Nosso compromisso agora é sensibilizar os 10 municípios restantes a aderirem à ferramenta, garantindo uma busca abrangente de não vacinados”, ressalta.
Coberturas vacinais
Além do Programa Imuniza Goiás, o Estado adota uma série de estratégias para reverter o cenário das baixas coberturas vacinais, identificado não só em Goiás, mas em todo o país. Foi lançado em 2023 o Plano Estadual de Recuperação das Altas Coberturas Vacinais, batizado de “Vacina Mais, Goiás”, que estabelece ações voltadas para a melhoria dos índices de imunização no estado. A iniciativa está em sintonia com o Pacto Nacional pela Consciência Vacinal, projeto iniciado pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP).
A Campanha Estadual de Multivacinação, voltada para crianças e adolescentes menores de 15 anos, também foi uma das ações desempenhadas em 2023 para melhorar os índices de imunização. A campanha foi realizada entre os dias 30 de setembro e 14 de outubro, com a oferta de 17 vacinas, que protegem contra 40 doenças distintas. Ao todo, mais de 84 mil crianças e adolescentes foram imunizados durante os 15 dias de ação.
Outra estratégia foi a criação da lei que estabelece a obrigatoriedade de apresentação do Certificado de Vacinação no ato da matrícula escolar. O documento, instituído pela Lei nº 22.243/2023, abrange todos os estudantes de até 18 anos da educação infantil e dos ensinos fundamental e médio, das redes pública e privada. O Estado também atuou com a implantação das Atividades de Vacinação de Alta Qualidade (Avaq) do Ministério da Saúde (MS), por meio da Estratégia de Microplanejamento. Por meio da iniciativa, 1591 profissionais de saúde já foram capacitados.
Todas essas ações melhoraram as coberturas vacinais do estado. A vacina tríplice viral, por exemplo, que estava com cobertura de 80,8% até agosto de 2023, está atualmente com índice de 83,75%. O imunizante contra a poliomielite (paralisia infantil), também passou de 73,70% para 77,31%. A vacina contra a Hepatite A, que até o primeiro semestre estava com cobertura de 69,30%, está hoje com índice de 74,31%.
A gerente da SES lembra que, apesar da melhora, os índices ainda estão abaixo da meta preconizada pelo MS. “A maioria das vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação Infantil tem cobertura esperada de 95%. Iremos reforçar as estratégias já adotadas para tentar melhorar esse quadro. Mas é necessário também que as pessoas entendam a importância desses imunizantes para a proteção não apenas das crianças, como de toda a população. São vacinas seguras e que há anos protegem contra doenças imunopreviníveis”, conclui