Professora que perdeu parte da audição após ser espancada durante 2 horas pelo ex diz que só dorme à base de remédios: ‘Tenho pesadelos’
Sem os remédios, ela relata que acorda no meio da madrugada, no mesmo horário que a agressão começou. A Polícia Civil investiga o caso.
A professora Livia Alves Branquinho que perdeu parte da audição após ser espancada pelo ex contou, à TV Anhanguera, que toma remédios para poder dormir. O ex-companheiro dela, um professor de jiu-jitsu, a agrediu por duas horas após acessar o telefone dela durante a madrugada em Goiânia. O DE fez contato com o professor de jiu-jítsu, mas não teve retorno até a última atualização desta reportagem.
Ela relatou que, sem tomar os remédios, ela acorda no meio da madrugada. “Estou tomando quatro remédios para dormir, porque, sem remédio, chega na madrugada, no mesmo horário, eu acordo com pesadelo”, contou.
Ao DE, ela relatou que já fazia tratamento psiquiátrico e psicológico, mas teve que aumentar porque não consegue mais dormir. “Eu tive que aumentar o uso de remédio, aumentar as minhas terapias, modificar o tipo de terapia que eu fazia para poder ir reestruturando esse processo na minha cabeça”.
Lívia contou que, no dia em que foi agredida, o ex-companheiro entrou nas redes sociais dela e leu mensagens que causaram ciúmes nele. O professor de jiu-jitsu a acusou de estar traindo ele. “Ele me acordou de madrugada como se nada estivesse acontecendo e ele começou a me bater, (…) dando tapa, murro, tentando me enforcar. Do jeito que eu estava na cama, ele me bateu na cama, deitada”, relatou Lívia.
Segundo a professora, ela tentou olhar o celular para entender o que ele tinha lido, mas o ex quebrou o aparelho, “amassando igual a um papel”. Ela tentou acessar suas redes sociais em outro telefone durante a discussão, mas o ex também quebrou o segundo aparelho da mesma forma que foi o primeiro. “Ele leu, interpretou e me bateu por duas horas”, contou.
Por conta de uma infecção gerada após as pancadas dos dois lados, Livia relatou que perdeu em torno de 30% da audição dos dois ouvidos. Segundo ela, a lesão é irreversível. Além disso, ela relatou que teve lesão nos olhos e ficou com visão dupla, mas que ainda vai fazer uma correção para tentar voltar à visão normal.
A professora conta que o relacionamento com o ex já tinha dois anos e que ele nunca tinha se mostrado violento. Ela disse acreditar que não havia denúncia contra ele por ele fazer ameaças após as agressões. Lívia relatou as ameaças que sofreu e o medo de represálias. A Polícia Civil informou que o caso está sendo investigado pela Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), no entanto, não foi possível obter mais detalhes sobre as investigações devido ao sigilo que envolve casos de violência contra a mulher.