Paciente relata que usaram óleo de silicone em seu rosto depois de desembolsar mais de R$ 18 mil em uma clínica de influenciadores: “Revoltante”. Ela ainda enfatizou que não tem permissão para se submeter a mais nenhum tipo de procedimento, pois isso poderia resultar em inflamação ou até mesmo necrose em seu rosto. Os proprietários da clínica estão detidos.
De acordo com informações, um indivíduo revelou que óleo de silicone foi aplicado em seu rosto após realizar procedimentos e pagar uma quantia considerável na clínica de influenciadores, em Goiânia, que está sob investigação. Karine Gouveia e seu marido, Paulo César Dias, tiveram a detenção mantida pelo sistema judiciário em função das suspeitas de deformar pacientes, resultando em danos físicos.
Em entrevista à TV Anhanguera, a paciente, que optou por não se identificar, mencionou a impossibilidade de realizar novos procedimentos, sob o risco de desencadear uma série de complicações em seu rosto, como inflamação e necrose. Os donos da clínica foram recolhidos preventivamente após o uso de substâncias proibidas, como óleo de silicone e PMMA, em procedimentos de alto risco.
A defesa de Karine Gouveia nega veementemente o uso do óleo de silicone, conforme relatado pelas autoridades. O advogado da influenciadora argumentou que a acusação carece de provas substanciais e que a investigação ainda está em andamento, sem um relatório final da autoridade policial ou denúncia formal do Ministério Público.
Em resposta ao DE, o advogado de Paulo averbou que todos os procedimentos realizados na clínica seguiram os mais rigorosos protocolos, sem o uso de substâncias proibidas, como óleo de silicone. Até o momento, não foi apresentada evidência que corrobore a versão das autoridades responsáveis pela investigação.
O casal investigado pela Polícia Civil de Goiás, Karine Gouveia e Paulo César, foi detido em dezembro de 2024, durante uma grande operação policial que apurava ocorrências de danos físicos em pacientes submetidos a procedimentos estéticos e cirúrgicos irregulares na clínica. Mandados de prisão foram expedidos contra os proprietários e técnicos não qualificados da instituição.
Após um período em custódia, o casal foi libertado por decisão do Superior Tribunal de Justiça em fevereiro de 2025. A ministra Daniela Teixeira considerou a prisão desproporcional e permitiu a soltura do casal, levando em conta questões familiares e ausência de risco de interferência nas investigações. A defesa enfatizou que Karine e Paulo não representam ameaça ao andamento do processo e são pais de uma criança pequena.