Paciente em surto que fez enfermeira refém foi atingido por tiro no abdômen
porque se curvou, afirma comandante da polícia
O paciente em questão estava internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Municipal de Morrinhos, no sul de Goiás, e fazia tratamento renal. A situação ocorreu no último sábado (18) e teve desdobramentos trágicos. Após fazer a enfermeira de refém, o paciente em surto foi atingido por tiros no abdômen devido a uma tentativa de imobilização por parte da Polícia Militar de Morrinhos.
Segundo o comandante da polícia local, tenente-coronel Werik Ramos, o policial responsável pelos disparos tinha a intenção de acertar as pernas do paciente para imobilizá-lo. No entanto, o movimento inesperado do paciente resultou no tiro atingindo o abdômen. O comandante destacou que o momento do disparo foi marcado pela tentativa da vítima de se desvencilhar do paciente que a mantinha como refém.
Ao analisar as circunstâncias da ação policial, muitas perguntas surgem sobre a conduta adotada diante de um paciente em surto. A Polícia Civil afirma que aguarda a perícia e o laudo cadavérico para elucidar os detalhes do ocorrido. O delegado responsável pelo caso, Fabiano Jacomeli, ressaltou a importância da análise técnica e imparcial para a investigação dos fatos.
A família do paciente falecido emitiu uma carta pública, apontando a crueldade na execução do paciente e questionando a conduta tanto dos militares envolvidos quanto da equipe de saúde responsável pelo atendimento. O filho do paciente, Luiz Henrique Dias, expressou sua indignação diante da situação e declarou sua busca por justiça em meio ao luto e à dor pela perda do pai.
Diante de todo o cenário envolvendo a morte do paciente em surto na UTI, a polêmica se estabelece sobre a maneira como a situação foi gerenciada e se a intervenção policial foi proporcional e adequada. A Prefeitura de Morrinhos manifestou seu pesar pelo ocorrido e se colocou à disposição para esclarecer os fatos e colaborar com as investigações em andamento.
A repercussão nas redes sociais evidencia o impacto emocional e a busca por respostas diante do trágico desfecho. Os familiares do paciente morto em UTI clamam por respeito à sua memória e exigem que as autoridades responsáveis sejam devidamente responsabilizadas pelos desdobramentos da situação. A família reitera seu desejo de justiça e sua busca por respostas em meio à tragédia que se abateu sobre eles.