Operação prende oito suspeitos de aplicar mais de 60 golpes com diárias em falsas pousadas de Pirenópolis
Segundo a investigação, grupo anunciava hospedagem por meio de perfis nas redes sociais. Muitas vítimas só descobriram golpe ao chegarem à cidade turística goiana.
1 de 1 Oito pessoas são presas suspeitas de participar de esquema com pagamento antecipado de diárias em falsas pousadas de Pirenópolis — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Oito pessoas são presas suspeitas de participar de esquema com pagamento antecipado de diárias em falsas pousadas de Pirenópolis — Foto: Divulgação/Polícia Civil
Uma operação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com apoio da Polícia Civil de Goiás (PCGO), cumpriu oito mandados de prisão temporária em Goiânia, nesta quarta-feira (12). Os investigados são suspeitos de aplicar mais de 60 golpes em um esquema de fraudes no pagamento antecipado de diárias para falsas pousadas em Pirenópolis.
Segundo a polícia, os envolvidos montavam os perfis nas redes sociais e atraiam hóspedes. As investigações apontam que os suspeitos já participaram de pelo menos 62 crimes de estelionato no Distrito Federal, entre 2023 e 2024. Entre as vítimas do estelionato, estão cinco moradores da cidade de Brazlândia.
Além das prisões, também foram cumpridos sete mandados de busca. Ao todo, a operação envolveu 56 policiais.
COMO FUNCIONAVA O GOLPE?
Conforme informado pela Polícia Civil do Distrito Federal, os suspeitos fingiam ser donos ou responsáveis legais de hospedagens na cidade turística. O golpe era realizado especialmente no Instagram. Na rede social, eles anunciavam ofertas de diárias com preços atraentes. Ainda segundo a investigação, as vítimas eram induzidas a realizar pagamentos via PIX, após negociações por meio de mensagens no WhatsApp.
O grupo gerava contratos com timbres e logomarcas das pousadas falsas, com o intuito de gerar credibilidade à negociação. A operação “Sem reservas” descobriu que, após as vítimas realizarem o pagamento das diárias, eram bloqueadas pelos suspeitos. A polícia destacou ainda que muitos turistas foram até as pousadas e só perceberam a fraude ao chegar em Pirenópolis.
O esquema era realizado a partir de uma estrutura hierarquizada, que envolvia a divisão de tarefas e o uso de diversas contas bancárias e códigos PIX, além de inúmeros perfis falsos no Instagram.