Motorista de app que morreu após peça de caminhão se soltar foi atingido no rosto, diz polícia
Eder Lopes, de 39 anos, morreu logo após ser ferido, na BR-153, em Goiânia. Caminhoneiro não parou após o acidente e mecânico disse que é possível a peça se quebrar e o condutor do caminhão não perceber.
Eder Lopes, de 39 anos, foi atingido no rosto por parte da peça que se soltou do caminhão — Foto: Reprodução/Redes sociais e Divulgação/Triunfo Concebra
O motorista de aplicativo Eder Lopes, de 39 anos, que morreu após ser atingido por uma peça metálica que se soltou de um caminhão na BR-153, em Goiânia, sofreu uma lesão de “grande extensão” no rosto, de acordo com a Polícia Civil (PC). A passageira, de 58 anos, que estava no banco de trás, se feriu levemente no queixo. O caso está sendo investigado.
O acidente aconteceu na tarde da última quinta-feira (27), no km 493, sentido Goiânia a Anápolis, de acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Segundo a PC, parte da campana de roda (peça que faz parte do sistema de frenagem do veículo) se soltou e atingiu o para-brisa do carro, e em seguida o rosto dele. Com o impacto, a vítima morreu ainda no local.
A passageira relatou à polícia que o caminhão seguia pela mesma via e sentido, mas não parou após o acidente. À DE, a PC afirmou que o caminhoneiro ainda não foi identificado.
O mecânico Adriano Sousa, que trabalha há 20 anos no conserto de caminhões, disse à reportagem que a campana de roda é uma peça metálica grande (veja a foto abaixo), usada até para fazer churrasqueira quando descartada devido a sua resistência. Contudo, segundo ele, é possível a peça se partir e soltar pedaços durante o trajeto sem o condutor perceber.
Campana de roda de um caminhão, que faz parte do sistema de frenagem — Foto: Arquivo pessoal/Adriano Sousa
Para DE, a prima do motorista, Karlla Christine Rosa disse que Eder tinha “muitos sonhos” e estava se preparando para ser caminhoneiro. A esposa e filhos moram em Anápolis e ele estava morando na casa da avó, no Setor Novo Mundo, em Goiânia, pois assim conseguia trabalhar mais nas corridas e com entregas de mercadorias de uma loja online, disse a familiar.
REVER A FAMÍLIA
Segundo a prima do motorista, a passageira que estava no banco de trás no momento do acidente foi ao velório de Eder e contou à família alguns detalhes do ocorrido. Segundo a prima, a mulher relatou que o motorista a pegou no Setor Bueno, na capital, para uma corrida até Anápolis.
A prima relatou ainda que a mulher afirmou que ela quem manobrou o carro até o canteiro lateral após o acidente: “Ela disse que ele estava a 60 km/h, que tudo foi muito rápido, e que, certamente, ele não viu nada”.