O diretor de Política Monetária do Banco Mediano, Gabriel Galípolo, disse nesta sexta-feira (15) que o mundo encontra-se em uma “bifurcação” sobre a arquitetura financeira global, o que está sendo discutido no G20, realizado no Rio de Janeiro. Galípolo acrescentou que a globalização chegou a ter sucesso, mas faltou inserir critérios de gestão no que se refere à sustentabilidade e justiça social e ambiental. Desta forma, o cenário internacional tem questionado qual será o horizonte da globalização.
“Alguns líderes globais questionam essa arquitetura e querem voltar detrás, no sentido de vamos desglobalizar, vamos naturalizar, o que tem de incorrecto é culpa do outro que vem de fora. Essa é uma vertente política e existe uma outra, que parece bastante simples que é o que o Brasil vem defendendo, de reglobalizar”, afirmou o diretor no pintura Novidade Arquitetura Global do G20 Talks, incluído na programação do G20 Social.
“A proposta dessa novidade arquitetura global, a qual o Brasil tem se desempenado e defendido, é porquê é verosímil a gente não desglobalizar. Não há nenhuma satisfação, da gente enquanto povo, saber que o sucesso do meu país e da minha economia está espezinhado na exploração ou no problema de um outro povo”, disse, acrescentando que a novidade arquitetura precisa ir além das vantagens comerciais, e buscar sucesso nas áreas social e ambiental.
Taxas de juros e Trump
Quanto à eleição de Donald Trump porquê presidente dos Estados Unidos, Galípolo afirmou subsistir tendência de aumento da inflação em decorrência da vitória.
“Se o Trump vai combater a imigração, logo vai ter aumento de mão de obra nos Estados Unidos. Se o Trump vai botar mais tarifa de importação, os preços vão subir. Essa teoria provocou uma elevação também nas taxas de juros”, disse o horizonte presidente do BC, completando que as taxas de longo e pequeno prazo já subiram nos Estados Unidos.
Para a economista alemã, Isabella Weber, a tendência é que o novo governo norte-americano pode acirrar as disputas comerciais, dificultando a cooperação internacional. Durante a campanha, Trump disse que pretende soerguer os impostos incidentes em produtos importados e maior proteção à produção vernáculo.
“A gente precisa de cooperação para passar para uma novidade maneira de organização. Os desafios é que estamos ao mesmo tempo nos trilhos de aumentar os confrontos. Depois da eleição dos Estados Unidos, vamos ter mais guerra mercantil, mais confrontos, mais tensões, que fazem com seja mais difícil a comunidade internacional se juntar e cooperar”, apontou no encontro.
Gênero e raça
Para a comunicadora do dedo, Nath Finanças, a novidade ordem financeira mundial tem que levar em conta segmento da população que desconhece o funcionamento da economia e porquê evolui, por exemplo, o processo de inflação.
“A instrução financeira é importante. Quando escuto que a instrução financeira é só para falar de investimentos, digo, não, essa pessoa não vive a verdade brasileira. A instrução financeira não é só para quem é rico, para falar de quanto você gasta e quanto ganha. É entender os mecanismos da taxa Selic, da inflação, da Bolsa de Valores, do mercado financeiro em universal e a política que é feita no Comitê de Política Monetária, afetam a nossa vida financeira”, explicou.
Outra preocupação, segundo ela, é a crescente de apostas em bets. “Isso é muito urgente, não é só ter uma conversa com a prelo. É a gente realmente regularizar da melhor maneira verosímil, para a pessoa não chegar na esfera de neve, que vai afetar diretamente a inflação. Se não tem quantia rodando e a pessoa está gastando no Tigrinho ou no aviãozinho, não tem quantia girando na economia. É isso que afeta a vida financeira das pessoas. Quando a gente fala de inflação, não adianta falar com palavras difíceis no economês”, observou.
Nath Finanças defendeu a inclusão de dados de gênero e raça entre as mulheres que investem. “Recentemente, a B3 [Bolsa de Valores] comemorou o número de mulheres investindo na Bolsa, mas quem são essas mulheres? São brancas, pretas, ricas, classe C,D e E, porquê funciona? A gente não tem esses dados. Só fazem o retrato de que temos mulheres”, destacou.
“É preciso entender no que elas investem, para onde estão indo, se têm sucesso no mercado, se estão empreendendo ou não, porque elas querem o negócio, muitas vezes entram por premência”, completou.