Veja prints: Executor parcelou dívida após calote de genro e filha suspeitos de mandar matar fazendeiro por herança de R$ 3 milhões, diz polícia
Investigado chegou a avisar que ia denunciar o crime à polícia caso não fosse pago, o que ele fez. Segundo delegado, casal tinha prometido pagar R$ 20 mil pelo assassinato.
Prints mostram conversa de genro de fazendeiro assassinado e executor do crime, segundo a polícia — Foto: Divulgação/Polícia Civil
O homem que foi contratado pelo genro e pela filha de um fazendeiro para matá-lo ofereceu parcelar a dívida de R$ 20 mil em três vezes após cobrar o pagamento por ter cometido o crime – veja acima os prints, segundo informou a Polícia Civil. Conforme a investigação, a mulher mandou matar o pai para ficar com uma herança de R$ 3 milhões.
> “Você manda R$ 6 [mil] essa semana para mim, eu mando buscar aí R$ 7 mês que vem e R$ 7 no outro mês”, disse o executor.
O marido da suspeita concordou com o parcelamento, mas depois pediu para o executor esperar. “Tu não sabe o que está acontecendo aqui”, disse ele. “Não tá indo um processo ainda. Falei para tu: quando acabar o processo. Aí você vem com essa ameaça para cima de mim”, completou o marido.
O executor, que está foragido, chegou a avisar que ia denunciar o casal caso não recebesse, o que fez. O casal foi preso em Campos Verdes, no norte de Goiás.
“Ele fez um número falso e os denunciou ‘anonimamente’ para polícia. Com fotos, vídeos e print da negociação”, explicou o delegado
Em relação ao casal, a Defensoria Pública informou que o representou durante a audiência de custódia, cumprindo o dever legal, mas não comentará o caso. Como a DPE-GO não está presente permanentemente na comarca, será desabilitada do processo, cabendo aos acusados constituírem defesa ou ao juízo nomear um defensor. O DE entrou em contato com o advogado da filha, mas não obteve retorno até a última atualização da reportagem.
A filha afirmou à polícia que o marido foi o responsável por organizar o crime e alegou que não o denunciou por medo, segundo o delegado Peterson Amin. O investigador, no entanto, disse que não acredita na versão apresentada pela mulher e afirma que ela também está envolvida no crime. O marido dela ficou calado durante o depoimento.
DE não localizou a defesa dos outros suspeitos até a última atualização desta reportagem.
Conforme as conversas divulgadas pela polícia, o executor e o marido da suspeita acertaram o crime “no meio do mato”. Esse homem, por sua vez, contratou outros dois comparsas para matar o fazendeiro. O assassinato aconteceu em 1º de abril, na zona rural de Campinorte. De acordo com a Polícia Civil, o pai da suspeita foi morto em uma emboscada, após ser abordado por três homens enquanto pilotava uma motocicleta. Ele foi atingido com dois tiros.
De acordo com a Polícia Civil, a mulher é a única herdeira do patrimônio do pai. Conforme o delegado, a herança incluía 20 alqueires de terra, 110 cabeças de gado, quatro imóveis e dinheiro em conta bancária. Segundo a polícia, a mulher tentou movimentar o dinheiro da conta bancária do pai, mas não conseguiu. Ela também chegou a vender cabeças de gado e uma casa cerca de três meses depois da morte dele, o que causou estranheza aos investigadores.
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Os prints mostram o desenrolar da trama que resultou no assassinato do fazendeiro, revelando a frieza e a crueldade por trás de um plano movido pela ganância. A investigação policial traz à tona detalhes sinistros da trama familiar e financeira que culminaram no crime chocante.
A relação entre os envolvidos e a promessa de pagamento pelo assassinato coloca em evidência a falta de escrúpulos e o desrespeito pela vida humana em troca de interesses materiais. A atitude do executor em denunciar o casal após não receber o pagamento revela um desfecho inesperado em uma trama repleta de reviravoltas.
A Defensoria Pública atuou na defesa dos acusados durante a audiência de custódia, cumprindo o seu papel legal, enquanto a polícia continua a investigar os desdobramentos do caso. A filha, suspeita de ser a mente por trás do crime, tenta se desvincular das acusações, enquanto a polícia mantém a sua convicção sobre a participação dela na trama macabra.
As consequências da ganância e da crueldade se refletem nas vidas destroçadas pela tragédia, deixando marcas profundas na comunidade e nas famílias envolvidas. O desfecho trágico do assassinato do fazendeiro lança luz sobre o lado sombrio da natureza humana, revelando o que pessoas são capazes de fazer em busca de poder e dinheiro. O crime e a investigação que se seguiu são um lembrete contundente dos perigos da ambição desmedida e da falta de valores morais.