A empresária Leila Portilho, de 51 anos, morta pelo companheiro com 29 facadas confidenciou a uma amiga que o relacionamento não estava indo bem, informou a delegada do caso Ana Carolina Pedrotti. De acordo com a delegada, Gilvan já tinha dois pedidos de medida protetiva de uma ex-namorada. Leila foi morta pelo companheiro Gilvan Vieira no último dia (10), em Goianésia. Conforme as investigações, após matar a vítima com 29 facadas, o empresário tirou a própria vida. Na terça-feira (18), Ana Carolina começou a ouvir algumas testemunhas. Segundo relato de uma testemunha, Gilvan era ciumento e demonstrava que não aceitaria o fim do relacionamento.
Na madrugada de segunda-feira (10), Gilvan, que também era empresário, ligou para a família dele dizendo fez uma “besteira”, segundo a delegada. Conforme as investigações, o casal namorava há cerca de um ano e morava junto há cerca de dois meses. Nas redes sociais, constantemente, os dois postavam dezenas de fotos de passeios e viagens que faziam juntos. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a vítima foi resgatada ainda com vida e encaminhada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da cidade, mas morreu no hospital. Segundo a Polícia Científica, a provável causa da morte da vítima, que recebeu as 29 facadas nas regiões do tórax, abdômen e membros, é de choque hipovolêmico, que é a perda significativa de sangue e fluidos corporais.
Os amigos e pessoas próximas de Leila disseram que ela era uma mulher gentil, amada e trabalhadora. Nas redes sociais, amigos e familiares de Leila lamentaram a tragédia, que gerou grande comoção no município. A empresária deixou dois filhos: uma advogada e um contador. Leila usava as redes sociais para compartilhar sua paixão pela maternidade, por viagens e pelo então companheiro. As mensagens de despedida foram deixadas nos comentários das fotos compartilhadas por ela. A trágica história de Leila Portilho chocou a cidade de Goianésia e trouxe à tona questões sobre violência doméstica e relacionamentos abusivos.
A morte de Leila Portilho serve como um alerta para a importância de denunciar situações de violência e de buscar ajuda em casos de relacionamentos abusivos. É fundamental que as mulheres se sintam seguras e amparadas para relatar agressões e buscar medidas protetivas. O feminicídio, crime hediondo motivado pela condição de gênero da vítima, precisa ser combatido com rigor pela sociedade e pelas autoridades competentes. A memória de Leila e de tantas outras vítimas de feminicídio deve nos impulsionar a lutar por um mundo mais justo e igualitário, onde todas as mulheres possam viver sem medo e com dignidade. Juntas, podemos fazer a diferença e construir um futuro mais seguro e respeitoso para todas. A violência contra a mulher não pode ser tolerada e deve ser combatida em todas as suas formas, para que tragédias como a de Leila Portilho não se repitam.