Ex-presidente da DE é solto após ser preso em operação contra fraudes em contrato de R$ 27 milhões para reforma de prédios públicos, diz defesa
Lucas Vissotto e um dos ex-membros da diretoria foram soltos após o fim do prazo de cinco dias da prisão temporária. Defesa afirmou, em nota, que ambos estiveram e continuarão à disposição das autoridades.
O ex-presidente da Agência Goiana de Infraestrutura e Transporte (DE), Lucas Vissotto, foi solto após ser preso em operação contra fraudes em contrato de R$ 27 milhões para reforma de prédios públicos, informou a defesa. Além dele, foi solto também um dos ex-membros da diretoria do órgão, preso na mesma operação na última terça-feira (28).
Segundo a defesa, os dois foram soltos na madrugada deste domingo (2), após o fim do prazo de cinco dias da prisão temporária. A defesa afirmou, em nota, que os dois estiveram e continuarão à disposição das autoridades para “demonstrar a inexistência de quaisquer irregularidades” (confira a nota completa ao final da matéria).
Em nota ao DE, o delegado Danilo Victor que não será solicitada a prorrogação da prisão temporária dos ex-agentes da DE, pois todos já foram interrogados pela a Polícia Civil. O delegado informou ainda que será avaliada a necessidade da prorrogação da prisão temporária dos demais investigados que fazem parte do núcleo empresarial (veja a nota completa ao final da matéria).
As autoridades policiais souberam das irregularidades nos contratos da DE por meio de relatórios técnicos e inspeções realizadas pela Gerência de Inspeções da Secretaria Estadual de Infraestrutura (Seinfra), pela Controladoria Geral do Estado (CGE) e pela Gerência Estratégica da Polícia Civil na Seinfra.
Segundo a Polícia Civil, a DE também tinha planejado um contrato no valor de R$ 271,8 milhões, que seria gerido pelos investigados. No entanto, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) identificou irregularidades e bloqueou o contrato em abril de 2024.
Neste contrato, a análise técnica realizada pelo TCE revelou a existência de um sobrepreço de R$ 62,5 milhões, ou seja, o valor contratado estava inflado sem justificativa apropriada. O contrato também está sob investigação.
Ao ser deflagrada, a operação prendeu oito pessoas na terça-feira (28). Entre os presos, estão quatro ex-agentes e o ex-presidente da DE, Lucas Vissotto, três empresários, informou o delegado Danilo de Souza. os mandados foram cumpridos em Goiânia, Anápolis e no Distrito Federal.
A Polícia Civil estima-se que o prejuízo causados pelos pagamentos indevidos chegue ao valor de R$ 10,4 milhões aos cofres públicos. Conforme a Polícia Civil, o contrato previa serviços de reforma e manutenção em 26 prédios públicos, entre eles o da Polícia Rodoviária Militar Estadual e instalações no Palácio Pedro Ludovico Teixeira.
Durante a execução do contrato, o acordo foi modificado para obras de construção predial, segundo investigação policial que aponta também que houve pagamentos antecipados indevidos, superfaturamento e demolições injustificadas para justificar notas fiscais fraudulentas.