Em 2020, Luiz Eduardo Rodrigues viu seu sonho de entrar na faculdade prorrogado. Ele não tinha documento de identidade e esperava que sua escola o ajudasse nisso. Mas a pandemia de covid-19 fechou as escolas e atrapalhou seus planos de consegui-lo. Sem a identificação solene, não poderia fazer a prova.
No ano pretérito, quando criou coragem para tentar de novo, seus planos de cursar jornalismo tiveram que ser adiados mais uma vez. A prova foi aplicada em um sítio longe de sua lar, no meio da cidade, e ele chegou tarde demais, pois a prova foi na zonal sul. Sua tentativa de fazer o Enem foi frustrada por um portão fechado.
Neste ano, ele resolveu não percorrer mais riscos e chegou uma hora e meia antes da prova no sítio, ajudado pelo roupa de o examinação ser aplicado perto de sua lar.
“Ano pretérito, fiz um curso que oferecia aulas gratuitas online, mas leste ano eu perdi o período de letreiro. Logo estudei por vídeos de YouTube mesmo”, conta o candidato.
Para prometer que ele chegasse na hora e entrasse no sítio da prova, sua mãe, a manicure Ana Cristina da Silva, fez questão de escoltá-lo até lá. “Eu vim trazer para prometer que ele vai fazer a prova”.
José Paulo Tavares tentou seu primeiro Enem em 2023. Conseguiu chegar na hora da prova, mas sua nota não foi suficiente para prometer seu ingresso uma universidade.
Desta vez, em sua segunda tentativa, resolveu se preparar melhor e, para prometer seu sucesso, vestiu-se com uma camisa do clube Vasco da Gama. “É para dar sorte”, contou o candidato.
“Dessa vez eu estou mais tranquilo, mais pronto. Mesmo trabalhando, consegui adequar minha rotina e estudar. Simples que pude descrever com o suporte dos meus pais”, complementou o jovem, que pretende cursar ensino física.
Ana Julia Salomão já está em seu terceiro Enem. Na segunda tentativa, há seis anos, conseguiu entrar na faculdade de medicina veterinária. Mas mesmo antes de concluir o curso, descobriu que sua vocação é cuidar da saúde dos humanos em vez dos pets.
“Estou igual a uma louca, trabalhando, estudando para a faculdade e me preparando para o Enem. Mas deu tudo claro. Consegui trabalhar, estudar e ainda ser mãe”.
Em seu segundo Enem, Juliana Monteiro conta somente com sua bagagem educacional do ensino médio, concluído dois anos detrás, uma vez que não conseguiu se preparar para o examinação deste ano.
“Ano pretérito, eu não estava me sentindo muito e larguei a prova no meio. E, aí, eu vou tentar de novo. Quero fazer letras e pretendo fazer a prova até o término”.
Novatos
Com a ajuda de um curso preparatório gratuito, o estudante do 3º ano do ensino médio da rede estadual fluminense William Gabriel fará seu primeiro Enem. “Estou ansioso. Me preparei, mas não sei qual material vai tombar”, conta o jovem, que espera conseguir nota para estudar filosofia na Universidade Federalista do Rio de Janeiro (UFRJ).
Outra estreante é Camile da Hora, que também cursa o 3º ano do ensino médio. “Eu não crio muitas expectativas porque é a primeira vez que estou fazendo o Enem. Vai ser meio que uma experiência, mas estudei e tenho uma boa base de estudo”, afirmou.
Além do Rio de Janeiro, outros mais de 1.700 municípios terão emprego da prova.
A estudante do 3º ano do ensino médio de uma escola de Ubatuba, no litoral setentrião paulista, Nathalie Lopes de Oliveira não é exatamente uma estreante.
“Fiz a prova no ano pretérito, porquê uma experiência, mas não fui muito porque não me preparei. Leste ano estou estudando todos os dias [úteis] da semana e, nos sábados, treino redação”, disse a estudante, que pretende cursar medicina.