Empresário acusado de matar a ex e o namorado dela após invadir casa enfrenta júri popular
Empresário responde por feminicídio triplamente qualificado contra a ex e por homicídio duplamente qualificado contra o namorado da ex. Juri popular acontece nesta terça-feira (21), em Goianápolis.
O empresário Luciano Luiz Santos, de 41 anos, foi preso suspeito de matar a ex e o namorado dela a tiros após invadir a casa da mulher, em Goianápolis — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O empresário Luciano Luiz Santos, de 41 anos, foi preso suspeito de matar a ex e o namorado dela a tiros após invadir a casa da mulher, em Goianápolis — Foto: Reprodução/Redes Sociais
O empresário Luciano Luiz Santos, acusado de ter matado a ex-namorada Gislane Silvia de Oliveira de 40 anos, e o namorado dela João Paulo de Deus Nascimento, de 31 anos, vai a juri popular. Gislaine e João Paulo foram mortos em Goianésia, na região central de Goiás, em fevereiro de 2024.
Segundo o Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), a audiência de júri popular será realizada nesta terça-feira (21), na Vara Criminal de Goianápolis, na Região Metropolitana de Goiânia.
O DE não obteve contato da defesa do acusado para um posicionamento até a última atualização desta reportagem. À época da prisão do empresário, a defesa dele afirmou, em nota, que estava “comprometido em acompanhar de perto as investigações em curso”, iria “respeitar o devido processo legal” para analisar as informações relevantes e se pronunciar nos autos (confira a nota completa ao final da matéria).
CRIME
Empresário é preso suspeito de matar a ex e o namorado dela após invadir casa
No dia anterior ao crime, Gislane mudou o status nas redes sociais para relacionamento sério, postando uma foto ao lado do novo namorado e declarando os seus sentimentos: “Tudo que pedi pra Deus. Meu amor chegou”.
Segundo a Polícia Militar, no dia 10 de fevereiro de 2024, o empresário pegou o carro do filho emprestado, contando com o controle do portão da casa da mãe, Gislane. Após pegar o veículo, o homem utilizou o controle para abrir o portão e invadir a casa, onde teria matado o casal.
A polícia informou, na época, que ao chegarem no local, o empresário atirou contra eles até que as munições acabassem. Mas os policiais se esconderam atrás de um poste e não foram atingidos, segundo o delegado responsável pelo caso Rodrigo Arana. Depois o homem se rendeu, jogou a arma da sacada da casa e foi preso em flagrante.
A polícia apreendeu a arma utilizada pelo empresário no crime. Além disso, um vídeo mostra o momento em que os policiais tentam arrombar a porta da casa e o suspeito aparece na sacada da casa (assista acima).
João Paulo de Deus Nascimento Tiburcio e Gislane Silvia de Oliveira, que morreram a tiros em Goianápolis, Goiás — Foto: Reprodução/Redes Sociais
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MEDIDA PROTETIVA
Gislane Silvia de Oliveira tinha uma medida protetiva contra o empresário, após o registro de um boletim de ocorrência em 2022 por ameaça e perseguição.
A medida foi deferida pelo Tribunal de Justiça de Goiás em 2022. Em dezembro de 2023, Luciano chegou a ser preso por descumprimento.
JUSTIÇA
No mês seguinte ao crime, o empresário Luciano Luiz virou réu por feminicídio triplamente qualificado, com os agravantes: motivo torpe, impossibilidade da vítima se defender, e violência doméstica familiar, por já terem sido casados.
Quanto à morte do namorado de Gislane, o empresário responde por homicídio duplamente qualificado, agravado também por motivo torpe e impossibilidade de defesa.
Além dos crimes contra a ex e o namorado dela, ele responde também por tentativa de homicídio dos dois policiais militares que atenderam a ocorrência.
NOTA DA DEFESA DE LUCIANO LUIZ SANTOS NA ÍNTEGRA:
Agradeço pela oportunidade de me pronunciar como advogado de defesa sobre o recente caso de duplo homicídio ocorrido do último dia 10 na cidade de Goianápolis. No momento, a equipe de defesa está se inteirando do ocorrido, comprometida em acompanhar de perto as investigações em curso.
Entendemos a comoção gerada, especialmente pela natureza do caso. No entanto, é imperativo respeitar o devido processo legal. Pedimos compreensão da sociedade e da imprensa enquanto trabalhamos para analisar cuidadosamente todas as informações relevantes.
Tão logo o inquérito for concluído, a defesa se pronunciará nos autos. Agradecemos pela compreensão e respeito ao processo legal em andamento.