Vídeo mostra quando dona de creche percebe que esqueceu menino dentro de carro
Câmeras de segurança do berçário gravaram ainda áudios da empresária e funcionárias tentando reanimar a criança. Advogado dela disse que gravação mostra que mulher tentou prestar socorro, mesmo no desespero.
Dona de berçário conversou com funcionárias por quase 10 minutos antes de chamar socorro [https://s01.video.glbimg.com/x240/13382848.jpg]
Um vídeo de câmeras de segurança do berçário mostra quando a dona de creche percebeu que esqueceu o menino Salomão Rodrigues Faustino, de 2 anos, dentro do carro dela por 4h, em Nerópolis [https://de.globo.com/go/goias/cidade/neropolis/], na Região Metropolitana de Goiás. Na imagem, no centro do salão está uma criança sentada e no canto inferior é possível visualizar uma mulher caminhando pelo local (veja vídeo acima obtido com exclusividade pela TV Anhanguera). Segundo as investigações, a pessoa seria a investigada. A gravação também capturou a conversa entre a empresária Flaviane Lima, de 36 anos, e as suas funcionárias.
> “Estou sentindo calafrios. Meu Deus do céu… Acho que esqueci dentro do carro. Como é que eu vou falar que eu esqueci uma criança dentro do Carro?”, disse a dona da creche.
Ao de [https://de.globo.com/go/goias/], o advogado da empresária, Gildo Franks, ressaltou que ainda não foi intimado sobre a conclusão do inquérito. E, sobre o vídeo e os áudios, ele acrescentou ser uma prova de “que mesmo diante do desespero, ela dava os primeiros socorros [para a criança]”.
> “Flaviane se encontra muito abalada, e fazendo acompanhamento com psicólogo”, emendou o advogado.
Outra voz no vídeo, que seria de uma funcionária sugere fazer uma ligação, mas é repreendida por Flaviane: “Não vai ligar ‘pra’ ninguém”. Em outro trecho da gravação, a empresária liga para o esposo e, em momento de desespero, cogita fugir.
> “Eu não sei se eu fujo, o que eu faço? Mas eles vão me mantar, porque o menino ‘tá’ morto, ‘tá’ roxo”, declara a investigada.
No vídeo é possível ouvir também muito barulho de água. De acordo com a investigação, a empresária tentou reanimar o menino jogando água sobre ele. A polícia, após ouvir a equipe do socorro ao Corpo de Bombeiros de Goiás (CBM-GO), que esteve no local, constou que o pedido de socorro demorou cerca de 10 minutos.
Flaviana foi indiciada pela Polícia Civil de Goiás (PC-GO) por homicídio culposo (quando não há a intenção de matar). O delegado responsável pelo caso, André Fernandes, esclareceu que o crime foi tipificado como homicídio culposo porque não foram encontrados indícios de que a ação de Flaviane tenha sido proposital.
> “Ela tinha consciência que devia zelar pela criança, mas ela não tinha conhecimento de que a criança estava no interior do veículo, passando uma dificuldade, e que iria falecer”, afirmou o delegado.