O desmatamento na Amazônia Legítimo, no período de agosto de 2023 a julho de 2024, alcançou 6.288 quilômetros quadrados (km²), valor que representa uma redução de 30,6% em relação ao ano anterior (2022/2023), informou o Instituto Vernáculo de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta quarta-feira (6).
Os dados são do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legítimo por Satélite (Prodes), sistema mantido pelo Inpe que faz uma apuração anual da supressão florestal nos nove estados que compõem a Amazônia Legítimo.
Com o resultado, o desmatamento foi o menor valor percentual em 15 anos, segundo o Ministério do Meio Envolvente e Mudança do Clima (MMA). Em termos de espaço desmatada, o valor medido agora na Amazônia é o menor desde 2013.
O monitoramento do Prodes é feito no pausa de agosto de um ano até julho do ano seguinte, entre as estações mais secas da floresta, e é considerado resultado mais confiável pelos cientistas, em que a detecção por satélite alcança precisão de 10 metros sobre incisão raso e desmatamento pro degradação progressiva, com incêndios.
“Conseguimos resultados importantes no ano pretérito e nascente ano, novamente, um resultado altamente significativo”, avaliou a ministra do Meio Envolvente e Mudança do Clima, Marina Silva, em pregão dos resultados à prelo, no Palácio do Planalto. A ministra destacou, por exemplo, que no reunido dos últimos dois anos, a redução do desmatamento na Amazônia foi de 45%.
“Uma imposto para nós mesmos e ao mundo, no contexto em que o problema da mudança do clima é uma veras avassaladora”, lembrou a ministra, ao reportar eventos climáticos extemos, porquê geadas na África, enchentes na Espanha e ondas de calor em outros países da Europa.
Em relação aos estados, a melhor taxa de redução foi medida em Rondônia, com queda de 62,5% do desmatamento, seguido pelo Mato Grosso (-45,1%), informou o Inpe. Pará (-28,4%) e Amazonas (-29%) também tiveram quedas. Já Roraima registrou aumento de 53% no desmatamento ao longo do último período analisado.
Entre os 70 municípios mais prioritários para o combate ao desmatamento na Amazônia, 78% deles tiveram redução na supressão de floresta, segundo o MMA. Outros 23% tiveram aumento na derrubada florestal.
A redução do desmatamento na Amazônia possibilitou, segundo o governo federalista, que um volume de 359 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2), gás que mais contribui para o aquecimento global, deixasse de ser emitido na atmosfera.
A queda no desmatamento foi comemorada por organizações da sociedade social, mas a cobrança é por melhorar ainda mais esses resultados.
“Uma queda significativa no desmatamento da Amazônia pelo terceiro ano sucessivo é sem incerteza uma boa notícia, porém não é suficiente diante do tamanho dos desafios climáticos e de preservação da biodiversidade que enfrentamos. Não podemos olvidar que 2024 foi um ano de diversas tragédias climáticas no Brasil. E se quisermos evitar os piores cenários de eventos extremos no país, porquê o que aconteceu no Rio Grande do Sul e as queimadas no Pantanal, precisamos prometer que a queda no desmatamento seja mantida e acelerada nos próximos anos”, ponderou Mariana Napolitano, diretora de estratégia do WWF-Brasil.
Fechado
Já no Fechado, a taxa solene de desmatamento, medida pelo Sistema Prodes, do Inpe, foi de 8.174 km², entre agosto do ano pretérito e julho deste ano. Assim, houve queda de 25,7% em relação ao período de agosto de 2023 a julho de 2024, a primeira redução do desmatamento em quatro anos no bioma.
Murado de 76% desse desmatamento segue concentrado em quatro estados: Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, estados que formam o acrônimo Matopiba, principal fronteira agropecuária do Fechado na atualidade. Nesses estados, no entanto, o Prodes registrou uma queda significativa de desmatamento, na conferência 2023/2024 com o período imediatamente anterior. Na Bahia, por exemplo, a redução foi de 63,3%, seguida por 15,1% no Maranhão, 10,1% no Piauí e 9,6% no Tocantins.