Goiás tem pautas importantes a tratar com o Ministério do Planejamento, cuja ministra, a ex-senadora Simone Tebet (MDB-MS), foi empossada em cerimônia no Palácio do Planalto na manhã desta quinta-feira, 5, em Brasília. A avaliação é do vice-governador do Estado, Daniel Vilela, que participou da cerimônia, representando o governador Ronaldo Caiado, que se recupera de uma cirurgia cardíaca em sua fazenda em Americano do Brasil. “Temos muitos assuntos importantes para Goiás que são tratados pelo Ministério do Planejamento”, ponderou Daniel Vilela, citando o Regime de Recuperação Fiscal (RRF), ao qual Goiás aderiu, e que agora está sob responsabilidade também do ministério ocupado pela emedebista.
Lembrando que o Ministério do Planejamento é quem elabora o orçamento do governo federal, Daniel Vilela pontuou que, mesmo com o orçamento de 2023 formatado pelo governo anterior e já aprovado pelo Congresso Nacional, pode ser possível conseguir recursos para Goiás. “Em função da situação de saúde do governador Ronaldo Caiado, algumas coisas foram postergadas para serem planejadas no mês de janeiro e, quando isso acontecer, vamos ver o que é possível enquadrar dentro das diretrizes e metas do orçamento federal”, adiantou o vice-governador.
Daniel Vilela pontuou ainda que tanto o governador Ronaldo Caiado como ele já se manifestaram sobre a importância de manter um relacionamento harmônico e construtivo com o governo federal. “Vamos trabalhar nesse sentido”, assegurou. Sobre a posse de Simone Tebet, o vice-governador de Goiás exaltou a importância dela. “Vim para prestigiar uma correligionária e também para representar o governador Ronaldo Caiado”, afirmou. Presidente do MDB em Goiás, Daniel Vilela levou Tebet a Goiânia em 12 maio do ano passado, durante a pré-campanha presidencial, para uma produtiva agenda com jovens. A senadora foi a terceira colocada na eleição presidencial, com 4,9 milhões de votos, o equivalente a 4,16% dos votos válidos. No segundo turno, ela anunciou apoio ao então candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Em seu discurso, a ministra do Planejamento argumentou que “passou da hora de dar visibilidade aos invisíveis”, inclusive no planejamento de políticas públicas e na distribuição dos recursos. “Eu asseguro: vocês estarão no orçamento”, asseverou, lembrando que o governo passado extinguiu o Ministério do Planejamento no primeiro dia de sua gestão. “Retomaremos o trabalho, com uma equipe multidisciplinar, a exemplo da composição que o presidente Lula fez em seu ministério”, garantiu. A ministra também revelou que não pensava em assumir uma pasta na área econômica e que chegou a manifestar isso ao presidente Lula. “Com os olhos, ele me sinalizou que era exatamente o que ele queria, visões divergentes para chegar ao equilíbrio. E eu aceitei a missão”.