O Secretário de Saúde de Goiânia pediu exoneração do cargo nessa segunda-feira (16), 12 dias após tomar posse. Pedro Guilherme Gioia de Moraes declarou que a intervenção estadual na gestão da saúde da capital tornou seu cargo dispensável. Ele foi o segundo a assumir a pasta desde a prisão do alto escalão da secretaria, investigado por irregularidades no pagamento de fornecedores.
Pedro Gioia, em nota divulgada pela Secretaria Municipal da Saúde, afirmou: “Diante do atual processo de intervenção, acredito que a figura do secretário se torna dispensável”. Ele ressaltou a importância de ter um único gestor na pasta para enfrentar os desafios de forma mais eficaz.
O secretário destacou a necessidade de decisões rápidas e centralizadas dentro da Secretaria de Saúde de Goiânia. Ele foi o terceiro a ocupar o cargo em menos de 20 dias, após a prisão de Wilson Pollara e a saída de Cynara Mathias por motivos pessoais.
A Justiça determinou a intervenção do governo estadual na saúde de Goiânia em 9 de dezembro de 2024. O médico Márcio de Paula Leite foi indicado como interventor pelo governador Ronaldo Caiado, a partir da recomendação do prefeito eleito, Sandro Mabel.
O Ministério Público de Goiás foi responsável pelo pedido de intervenção estadual devido ao sucateamento das unidades de saúde, longas esperas em hospitais, internações inadequadas, retenção de verbas federais e outras irregularidades identificadas ao longo do ano.
A crise na saúde da capital resultou na prisão de membros da Secretaria de Saúde de Goiânia, suspeitos de pagamentos irregulares e desvio de verbas. A demora na disponibilização de leitos de UTIs na cidade causou a morte de várias pessoas e gerou comoção social.
Diante desse contexto, a gestão municipal da saúde de Goiânia enfrenta desafios significativos que exigem soluções urgentes e eficazes. A transição na Secretaria de Saúde evidencia a necessidade de recuperação e reestruturação do sistema de saúde na capital, visando a melhorias substanciais para a população local.