Com a presença de poucos líderes mundiais, a 29ª Conferência das Partes da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP29) foi oficialmente ensejo nesta segunda-feira (11), em Baku, no Azerbaijão.
Na cerimônia, o ministro da Ecologia e Recursos Naturais do país, Mukhtar Babayev, assumiu a presidência da COP29, em seguida o gesto simbólico em que recebeu o martelo para brecha das negociações climáticas, das mãos do sultão Al Jaber, que presidiu a conferência anterior nos Emirados Árabes Unidos, em 2023.
Babayev deu início aos trabalhos de negociações com um apelo para que os países aumentem suas ambições pela redução das emissões de gases do efeito estufa e também para que destravem as negociações sobre financiamento para viabilizar as ações de enfrentamento às mudanças climáticas.
“Ao mobilizarmos o financiamento para o clima, permitimos ambições elevadas. E quando, em conjunto, damos sinais de maior sede, criamos crédito para desbloquear maiores compromissos financeiros”, reforçou.
Ele lembrou que as políticas atuais adotadas pelos países já estão conduzindo o planeta a 3 graus de aquecimento e que as ações para desacelerar esse cenário catastrófico precisam ocorrer agora. “A mudança do clima já está cá, desde casas inundadas em Espanha a incêndios florestais na Austrália, desde a subida dos oceanos no Pacífico a planícies áridas na África Oriental. Quer as vejamos ou não, as pessoas estão sofrendo nas sombras. Estão morrendo na negrume. E precisam de mais do que condolência, mais do que orações e burocracia. Estão a obsecrar por liderança e ação”, alertou.
Tecnologia
O ministro do Azerbaijão lembrou que é necessário ainda açodar o trabalho para desenvolver e transferir tecnologia, para que estejam disponíveis a todos, em peculiar os mais afetados que vivem nos países menos desenvolvidos.
“Precisamos entregar o programa de implementação de tecnologia cá em Baku. Dentro da agenda de ação da COP29, temos oportunidades para governos, setor privado, bancos multilaterais de desenvolvimento e todos fazerem sua segmento”, defendeu.
O presidente da COP29 também discorreu sobre a transição energética e outras ações de mitigação dos gases do efeito estufa, além de ressaltar a valor da entrega pelos países dos planos nacionais de adaptação, que considerou sátira. “Eles orientam uma vez que compartilhamos a melhor tecnologia de transferência de práticas e apoiamos uns aos outros. Precisamos deles até 2025 para que possamos progredir até 2030”, disse.
Babayev destacou ainda que sucessos e fracassos sobre ações de enfrentamento aos problemas climáticos serão coletivos, e nenhum país é capaz de resolver o problema do aquecimento global sozinho. Lembrou também que todas as populações mundiais assistem e esperam a ação pelo clima.
“Eles estão esperando que mostremos liderança e eles não podem arcar com o dispêndio do delongado. Logo, vamos aumentar a sede e permitir a ação. Vamos progredir em solidariedade por um mundo verdejante. E vamos trabalhar”, concluiu.
Delegações
Na plateia do plenário da zona azul, onde ocorre a programação solene do evento, muitas delegações de negociadores estava presentes, mas os principais líderes mundias ou não participarão ou ainda estão a caminho de Baku, uma vez que o vice-presidente Geraldo alckmin, que participará nesta terça-feira (12) da Reunião de Cimo Nível da COP29.
Também será nesta terça-feira a brecha dos pavilhões dos países, organizações da sociedade social, instituições intergovernamentais e acadêmicas. Ainda em construção, a zona verdejante, onde todos podem participar, já teve um dia movimentado.
Pavilhões de países uma vez que a Alemanha, Brasil e França já estavam praticamente prontos e cheios de visitantes buscando informações sobre a programação. Alguns, já tinham atividades, uma vez que o da China, mesmo em seguida a confirmação da privação do presidente Xi Jinping. Já o pequeno pavilhão reservado pelos Estados Unidos, permaneceu vazio, sem muita movimentação.
* A repórter viajou a invitação do Instituto Interamericano de Cooperação para a Lavoura (IICA)