Nas residências em áreas urbanas do Brasil, 85% têm aproximação à internet. Nas áreas rurais, o índice é de 74%. Os dados fazem secção da pesquisa TIC Domicílios, realizada pelo Núcleo Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação (Cetic.br), vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil.
Levante ano, o estudo completa 20 anos. A série histórica sobre aproximação a tecnologias da informação e informação em domicílios e suas formas de uso pela população com 10 anos de idade ou mais apresenta um retrato da transformação da conectividade no Brasil, considerando que em 2005 somente 13% das residências em áreas urbanas, por exemplo, tinham aproximação à rede.
Divulgada nesta quinta-feira (31) durante a 10ª edição da Semana de Inovação, promovida pela Escola Vernáculo de Governo Pública (Enap), a série histórica mostra que, há 20 anos, 24% dos habitantes de áreas urbanas eram usuários da rede. Levante ano, o índice alcançou 86%, indicando um totalidade de 141 milhões de pessoas conectadas ao envolvente do dedo.
Se considerado o noção ampliado de usuário de internet, que abarca quem informou não ter acessado a rede, mas realizou atividades online pelo celular, o índice sobe para 90%.
“Em seus anos iniciais, a pesquisa investigava exclusivamente domicílios e usuários de áreas urbanas. Agora, a confrontação foi feita com base nesse recorte”, explica o Cetic.br.
Em duas décadas a coleta de dados revela que o país passou de um a cada oito domicílios com internet para sete a cada oito domicílios conectados. A forma de aproximação também mudou: em 2008, usuários se conectavam mais via lan houses ou internet cafés e utilizando computadores. Atualmente, quase todos se conectam de seus domicílios utilizando um smartphone.
Desigualdades
Apesar dos avanços, a pesquisa revela desigualdades classificadas porquê “marcantes” pela Cetic.br. Enquanto a internet está presente em 100% dos domicílios de classe A, por exemplo, o índice é de 68% nos lares das classes D e E.
Ou por outra, de um totalidade de 29 milhões de não usuários da rede, 24 milhões moram em áreas urbanas, 22 milhões têm até o ensino fundamental, 17 milhões se declaram pretos ou pardos, 16 milhões pertencem às classes D e E e 21 milhões vivem nas regiões Sudeste (12 milhões) e Nordeste (8 milhões).
Os dados mostram ainda desigualdades na qualidade do aproximação à internet. Segundo o indicador de conectividade significativa criado pelo Cetic.br, que inclui fatores porquê dispêndio e velocidade da conexão, presença de orquestra larga fixa nos domicílios e aproximação por múltiplos dispositivos, somente 22% dos indivíduos com 10 anos de idade ou mais no Brasil têm condições satisfatórias de conectividade.
Estão nessa situação 73% dos indivíduos da classe A, 33% dos habitantes da Região Sul, 28% dos homens, 16% das mulheres, 11% dos que vivem no Nordeste e 3% dos indivíduos das classes D e E.
Perfil
De convenção com o Cetic.br, uma tendência que vem se consolidando é a do aproximação à internet pela TV. O dispositivo é o segundo mais utilizado para esse termo, com índice de 60%, detrás somente do telefone celular (99%). Até 2019, o aproximação pelo computador superava o pela TV (42% contra 37%). Levante ano, o aproximação pela televisão ficou 20 pontos percentuais supra do pelo computador (40%), a maior diferença histórica da série.
O estudo identificou ainda que 60% dos brasileiros se conectam à rede pelo celular, mas não pelo computador, enquanto 40% utilizam ambos. Nas classes D e E, as proporções foram de 86% e 13%, respectivamente. O aproximação individual à rede pelo celular é maior entre as mulheres (66%) do que entre os homens (54%) e entre pretos (56%) e pardos (66%) do que entre brancos (51%).
Entre os brasileiros que têm celular, mais da metade (57%) conta com projecto pré-pago, 20% têm projecto pós-pago e 18% projecto controle. Nessa última modalidade, o cliente paga um valor fixo por mês e tem recta a uma franquia de serviços nesse período. Se ele ultrapassar o limite da franquia, os serviços podem ser cortados ou reduzidos. Para continuar utilizando os serviços, o cliente pode esperar a renovação da franquia ou somar créditos.
Sobre a forma de conexão, 73% dos que acessam a internet pelo celular o fazem tanto por wi-fi quanto pela rede traste. Entre brasileiros da classe A, a proporção é de 95%, enquanto nas classes D e E, a porcentagem é de 57%. Outros 37% se conectam exclusivamente por wi-fi e 6%, somente pela rede traste.
Habilidades digitais
A pesquisa identificou que as chamadas habilidades digitais estão mais presentes entre pessoas com maior escolaridade. Enquanto 80% dos usuários de internet com ensino superior afirmaram ter buscado verificar a verdade de uma informação encontrada no envolvente do dedo, a proporção foi de 31% entre aqueles com ensino fundamental. De maneira universal, a prática foi realizada por 52% dos usuários.
O uso de alterações de configurações de privacidade para limitar o compartilhamento de dados foi reportada por 58% dos que têm ensino superior e por 18% dos com ensino fundamental. Entre os que relataram não ter nenhuma das habilidades digitais investigadas pela pesquisa, 51% tinham ensino fundamental e 8%, ensino superior.
Serviços públicos
Serviços públicos online relacionados à saúde foram a ação realizada em maior proporção (32%) entre usuários de internet com 16 anos de idade ou mais nos 12 meses anteriores à pesquisa. Serviços ligados ao pagamento de impostos e taxas foram os prevalentes entre usuários das classes A (66%) e B (59%), enquanto serviços online relacionados à instrução pública, porquê matrículas em escolas ou universidades públicas, foram realizados em maior proporção por usuários de 16 a 24 anos de idade (42%).
Entre os usuários de internet com ocupação formal, 46% haviam procurado ou usado qualquer serviço público vinculado a pagamento de impostos e taxas e 37%, qualquer serviço público ligado a direitos do trabalhador ou previdência social. Entre aqueles com ocupação informal, os índices foram de 26% e 20%, respectivamente.
Transacção online
Aplicado a cada 2 anos, o módulo de negócio eletrônico revela que a prática de comprar online, tanto produtos porquê serviços, alavancada durante a pandemia, segue em um patamar mais ressaltado do que o verificado antes da crise sanitária. Segundo a pesquisa, 73 milhões (46%) de usuários de internet realizaram esse tipo de atividade levante ano, o equivalente a 6 milhões a mais do que em 2022 (67 milhões).
O estudo mostra também que o Pix superou o cartão de crédito (67%) porquê forma de pagamento mais utilizada no envolvente do dedo, sendo citado por 84% dos entrevistados, 18 pontos percentuais supra do observado em 2022 (66%).
Os maiores índices de uso foram registrados entre as classes B (de 63% para 82%), C (de 68% para 86%) e D e E (de 60% para 78%).
Em contrapartida, a proporção dos que pagaram por boleto bancário passou de 43% em 2022 para 24% levante ano, uma diferença de 19 pontos percentuais.
As categorias de produtos com maior desenvolvimento de compras online em relação a 2022 foram roupas, calçados e material esportivo (de 64% em 2022 para 71% levante ano) e cosméticos e produtos de higiene pessoal (de 34% em 2022 para 41% levante ano).
Também foi identificado aumento significativo no pagamento por serviços de músicas pela internet, passando de 13% dos usuários em 2022 para 19% levante ano. O progressão foi maior entre usuários de 16 a 24 anos de idade, cuja proporção passou de 15% para 32%, e entre usuários da classe B, de 22% para 41%.
Houve aumento ainda na proporção de usuários de internet que adquiriram produtos ou serviços em sites de compra e venda (marketplaces), com o índice passando de 72% em 2022 para 90% levante ano. Aplicativos de lojas no telefone celular foram mencionados por 65% dos usuários que compraram online, enquanto 22% citaram ter comprado por meio de redes sociais.
Os que disseram ter visualizado anúncios de produtos ou serviços em posts de redes sociais somam 41%, em vídeos na internet 49% e em propagandas em sites ou aplicativos 49%.