Mãe de professora que morreu com marido e filhas em acidente desabafa: ‘Eram meu braço direito’
Maria Perpétua Padilha Aquino diz que tinha o genro como um filho. O acidente aconteceu em Minas Gerais, após a família de Aparecida de Goiânia sair de um evento religioso.
Maria Perpétua Padilha Aquino, mãe da professora que faleceu no acidente de carro com o marido e as filhas na BR-365, disse que a filha e o genro eram seu braço direito. Segundo ela, a perda da filha, das netas e do genro, que ela considerava como um filho, está sendo muito difícil.
> “Eram meu braço direito, eles arrumavam tudo. Então, é difícil. Eu perdi um filho, uma filha e duas netas”, disse ela em entrevista concedida à TV Anhanguera.
O acidente ocorreu em 13 de abril, por volta das 15h, em Monte Alegre de Minas, no Triângulo Mineiro. Segundo o Corpo de Bombeiros, o carro da família, que morava em Aparecida de Goiânia, na Região Metropolitana da capital, colidiu com um caminhão estacionado na BR-365.
Estavam no veículo Luciene Padilha de Aquino Campos, de 45 anos, o marido dela, Richard Henrique Pereira Campos, de 35 anos, e as duas filhas do casal, Raissa e Melissa, de 9 anos. Além da família, Marcella Bárbara da Costa Rodrigues, de 31 anos, também faleceu no local. Segundo apurado pelo DE do Triângulo Mineiro, ela pegava carona com o casal por meio de um aplicativo.
Apesar da dor que sente como mãe e avó, Maria Perpétua se apega à fé para enfrentar esse momento. De acordo com ela, está triste pelo que aconteceu, mas acredita que vai reencontrá-los um dia.
> “Eu perdi, mas não perdi. Eles estão com Jesus. Um dia vou vê-los na Glória”, declarou a merendeira.
O acidente aconteceu quando a família voltava para Goiás após ir a um evento religioso que aconteceu em Uberlândia (MG). Para os bombeiros, o motorista do caminhão disse que havia parado no acostamento para conferir a calibragem dos pneus. Segundo ele, assim que notou a batida, acionou a concessionária responsável pela rodovia para fazer o resgate. Ele não se feriu.
Com o impacto, a frente do carro chegou a entrar debaixo da traseira do caminhão. De acordo com os militares, quatro ocupantes morreram na hora com o impacto. Uma das filhas do casal chegou a ser resgatada com vida, mas faleceu no local.
A família foi sepultada no Cemitério Municipal de Aparecida de Goiânia, na terça-feira (15). Nas redes sociais, alunos e colegas de trabalho prestaram homenagens às vítimas. O casal trabalhava na rede municipal de educação.
Luciene era servidora na Escola Municipal João Cândido e Richard dava aulas na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Monteiro Lobato há mais de 8 anos. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), deputada estadual Bia de Lima (PT), declarou nas redes que a perda é “irreparável e chocante”.
Nesta quarta-feira (16), Thiago Coutinho, diretor do Emei Monteiro Lobato, postou um vídeo nas redes sociais com uma homenagem feita pelos alunos ao professor Richard e as duas filhas dele, que estudavam na escola.
Para homenagear o professor Richard, os alunos plantaram um flamboyant, árvore conhecida pela vasta floração. Já para as gêmeas Raissa e Melissa, foram escolhidas duas roseiras. O plantio foi feito no terreno da escola.