Chefe de RH de prefeitura em Goiás é preso suspeito de criar empregos fantasmas para ficar com os salários e causar prejuízo de mais de R$ 500 mil
Segundo delegado do caso, o suspeito informava diversos nomes e na hora do pagamento colocava a própria conta. Crime estaria acontecendo há quase dois anos.
Centro Administrativo da Prefeitura de Goiandira, Goiás — Foto: Reprodução/Prefeitura de Goiandira
Um chefe de Recursos Humanos da Prefeitura de Goiandira, no sudeste de Goiás, foi preso suspeito de desviar dinheiro do município ao criar empregos com nomes fantasmas e ficar com os salários. Segundo as investigações, o prejuízo foi mais de R$ 500 mil. A Polícia Civil apurou que o crime acontecia há quase dois anos.
O DE não conseguiu contato com a defesa do suspeito até a última atualização desta reportagem. Segundo o delegado, a investigação durou um mês e durante o depoimento suspeito se manteve em silêncio.
A prisão do suspeito aconteceu na segunda-feira (3). Segundo o delegado Fernando Maciel, o suspeito informava diversos nomes e na hora do pagamento ele passava a própria conta bancária. A investigação da PC também apurou que até mesmo o nome de uma servidora falecida foi usado pelo suspeito para creditar valores em nome dela, porém, na conta bancária dele.
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As investigações iniciaram após um registro de ocorrência feito pela Prefeitura de Goiandira, segundo o delegado. No dia da prisão, a PC também cumpriu mandados de busca e apreensão domiciliar. Foi apreendido um veículo Fiat/Strada ano 2023, diversos relógios de luxo, além de documentos, celular e computadores do investigado.
O funcionário foi autuado pelo crime de peculato e falsidade ideológica e está em prisão preventiva, segundo as investigações. Ainda conforme a PC, o suspeito estará sujeito a penas que irão variar de 2 a 12 anos de reclusão pelo crime de peculato, e de 1 a 5 anos de reclusão pelo crime de falsidade ideológica.
A Prefeitura de Goiandira emitiu nota no diário oficial se manifestando sobre a prisão do servidor municipal. A nota explica que foram apuradas inconsistências na folha de pagamento dos servidores municipais e por isso começou uma investigação interna. Segundo a nota, diante de fortes indícios das irregularidades, o município comunicou o fato para a Polícia Civil, que iniciou a investigação do caso.
Chefe de RH de Goiandira ‘inventou’ empregos para receber pagamentos
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