Pedra de fel: funcionário preso em frigorífico disse que já tinha furtado pedra da vesícula de boi em outros estabelecimentos, diz polícia
Segundo a Polícia Civil, pedra furtada, que pode valer tanto quanto o ouro, estava avaliada em R$ 13,5 mil. Entenda o por que do valor.
Pedra de fel é furtada em frigorífico de Inhumas
A pessoa que foi detida sob a suspeita de roubar uma pedra de fel de um frigorífico em Inhumas, admitiu para a polícia que já havia cometido crimes semelhantes em outras empresas onde trabalhou. A Polícia Civil informou que a pedra furtada, que tem um alto valor de mercado, estava avaliada em R$ 13,5 mil.
A prisão do suspeito ocorreu na semana passada (16). O DE não conseguiu localizar a defesa do indivíduo até o momento da última atualização deste artigo.
De acordo com as investigações, após receberem a denúncia do roubo, os policiais foram até o local e encontraram imagens das câmeras de segurança que confirmaram a ocorrência do crime. Após abordarem o suspeito, os policiais encontraram a pedra furtada em seu veículo.
Preso em flagrante, o funcionário foi levado para a delegacia da cidade e autuado pelo crime de furto qualificado.
Para compreender melhor o assunto, conversamos com Mohanna Pagoto, especialista no tema e auditora fiscal federal. Ela explicou as razões por trás dos valores altos das pedras de fel e como funciona a extração da vesícula do boi.
Ao ser questionada sobre a formação dos cálculos biliares nos bovinos, Mohanna esclareceu que a presença da pedra de fel na vesícula do animal está relacionada diretamente com sua alimentação.
Com uma demanda quase inexistente no Brasil, a pedra de fel é exportada para a Ásia e utilizada pela indústria farmacêutica. Na medicina tradicional chinesa, a pedra é empregada na produção de medicamentos para o tratamento de diversas doenças, incluindo convulsões, pneumonias e epilepsia.
Mesmo diante do alto valor da pedra de fel, as autoridades estão investigando o caso para garantir a punição adequada ao suspeito e coibir crimes dessa natureza. A prática de furto de pedras da vesícula de boi, mesmo sendo pouco comum no Brasil, acaba impactando diretamente a indústria farmacológica e a saúde pública.